Peças raras de cristais e outras da época do tráfico negreiro que eram carregadas pelo navio Amazonas, que afundou em Novembro de 1981, foram achadas no mar em Fortaleza.nnCaçadores de tesouro no fundo do mar descobriram no Ceará peças raras de cristais e outras da época do tráfico negreiro. Com autorização da Marinha, uma equipe de exploradores subaquáticos encontrou no fim de maio, no mar de Fortaleza, um contêiner com boa parte da carga do navio Amazona, que afundou em novembro de 1981.nnO grupo localizou, a 5 metros de profundidade, cinzeiros, petisqueiras, saladeiras, plataformas para bolo de cristal e lustres. Peças raras, os lustres estão em perfeito estado de conservação. O naufrágio aconteceu no bairro do Mucuripe, mas o material encontrado já desgarrado do navio foi achado na praia da Leste-Oeste, distante cerca de dez quilômetros do afundamento.nnNa época do naufrágio, parte da carga do Amazona, composta por toras de madeira e folhas de compensado, foi saqueada e negociada com madeireiras. O restante afundou, ficando longe da sanha dos saqueadores. Os objetos serão doados para o Estado e deverão compor a decoraçãodo Acquário Ceará, que está sendo construído na Praia de Iracema, segundo o pesquisador Augusto César Barbosa. A obra deve ser concluída em 2015.nnBarbosa conta que enfrentou resistência de órgãos do Meio Ambiente para realizar o mergulho. Agora, a Secretaria de Turismo estima que a descoberta estimulará a visita ao Acquário Ceará.nnObstáculosnBarbosa se queixa da dificuldade para obter novas licenças para realizar outros mergulhos. Segundo ele, a Marinha burocratiza a pesquisa e coleta. O capitão dos portos do Ceará, Adauto Silva Júnior, porém, diz que a Marinha exige etapas legais para a pesquisa e recolhimento de material no fundo do mar. “A descoberta de um bem submerso não dá direito ao pesquisador de remoção.